Nesta obra, Eça sugere o tema clássico do elogio da "aurea mediocritas", quando mostra que nem é o fausto, nem o conforto, nem a ciência que fazem o homem feliz, mas sim uma vida calma, simples e natural. A descrição que faz da vida do campo é mais uma forma de idealização à maneira de Júlio Dinis. Revela-se um extraordinário paisagista. As descrições de A Cidade e as Serras concretizam o pensamento de Fradique Mendes: "a arte é um resumo da Natureza feito pela imaginação". Lilaz Carriço, in Literatura Prática II, Porto Editora (adaptado)